Em Abril de
1997, o grupo recém-formado estreou o seu 1º espetáculo “o sonho de um mendigo”
este espetáculo foi apresentado exclusivamente ao universo da APPC.
Rapidamente,
se percebeu que este projeto poderia alcançar objetivos artísticos, sensibilizando
a sociedade para as capacidades das pessoas com deficiência, assim a partir de
1998, este grupo começou a produzir anualmente duas produções, esta companhia tem nestes últimos anos como objetivo geral o desenvolvimento
de atividades no âmbito da sensibilização, formação, pesquisa, experimentação,
promoção e produção de eventos artísticos. Assumindo-se como um espaço ergonômico que facilite o intercâmbio com outras instituições e artistas
emergentes.
Até agora caminhamos
a alta velocidade, em 15 anos de vida produzimos 22 criações artísticas.
Cabe-nos neste momento, abrandar e entrar num período de reflexão, questionar
quais as próximas metas atingir.
O teatro é uma atividade artística milenar. As transformações que
o mundo sofreu em 100 anos reduziram o público potencial do teatro tradicional.
O teatro também mudou, por isso, sem queremos valorizarmo-nos, também nos cabe
tornar esta mudança dinâmica, não permitindo que se mantenha estática.
O “Era uma vez …teatro
“pretende continuar a impor-se pela qualidade e pela e complexidade nas suas
dramaturgias, trabalhando assim para sensibilização de públicos para a
capacidades artísticas da pessoa com deficiência e para uma sociedade mais
inclusiva. Só com a mudança de mentalidades, nos poderemos impor
artisticamente. O teatro, não deve dar respostas, deve levantar inquietações,
cabe ao público descodificá-las. O teatro deve despertar no
público emoções e sentimentos, pensamos ter atingido esse objectivo.
A nossa
metodologia passa por a realização
de trabalhos reflexivos e de exploração estética e poética que se tornam
referência fundamental para a apreensão e compreensão de diversos aspetos da
área teatral, quer na exploração de temáticas propostas que passam pelo período
de processo criativo.
O nosso trabalho baseia-se no teatro experimental, no improviso e no
teatro contemporâneo.
A exploração do próprio corpo dá ao indivíduo (ator) uma
ferramenta para melhorar a sua postura perante a vida
Trabalhamos clássicos, adaptando e desmembrando-os levando cada
ator a experienciar os seus próprios limites, físicos e psíquicos. A diferença
está definitivamente marcada pela diversidade dos atores e pela sua intervenção
artística.
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