Flávio Rodrigues (1984) (PT) formação em dança (dança contemporânea, ballet clássico, moderno, composição coreográfica, técnicas de improvisação e relaxamento).
Concluiu o curso da área da dança na escola profissional Balleteatro (2007) em 2008 especialização em intervenção artística em locais públicos e criação de obras em site specific, pela universidade lusófona.
Destaca formação e aconselhamento artístico com Jeremy Nelson, Carla Cruz, Né Barros, Isabel barros, Índio Queiroz, Elisabete Magalhães, Cony Hunstein, Alberto Magno, Cojiro Imada, Victor Hugo Pontes, Clara Andermatt, Peter Mickel Dietz, Loic Touzé, Ludjer Lamers, Joana Vasconcelos, Martha Lacerda… entre outros.
Nas suas obras (desde 2006) inseridas no âmbito da performance, arte pública e site specific , aproxima questões relativas a sociedade e ao espaço que as envolve. Reflecte conteúdos de géneros, distância e aproximação de pessoas/cultura, o ser humano na vida social e vontade de isolamento ou o isolamento por si só, o tempo, a comunicação contemporânea, o corpo como matéria …, são alguns temas que tem vindo a questionar, a pesquisar, interessando-lhe sobretudo a aproximação entre o artista e o púbico, destruindo sem impor esta distancia e/ou barreiras que os separa.
Professor desde 2007, aconselhando na área da improvisação, composição, dança contemporânea, dança criativa e técnicas de release.
O que diz o Flábio....
O meu nome é Flávio Rodrigues e tenho 25 anos. Tenho desenvolvido trabalhos artísticos na área da dança e performance, uso como veículo de comunicação a linguagem do meu corpo, por vezes de outros e arrisco também o corpo de algumas coisas…Recentemente aceitei um novo desafio… eu gosto de desafios …Um desafio para uma nova coreografia em que cujos interpretes são donos de um corpo, que por norma não estou habituado a trabalhar… quando digo trabalhar, refiro-me a tocar… questionar…refiro-me a ver dançar…refiro-me até, somente ver…Vou começar por dizer que gosto de pensar que somos todos iguais… e gosto de pensar que somos todos diferentes… gosto de pensar que por isso todos temos direito á vida por igual… a dança por igual…Está a chegar o primeiro dia de trabalhar e apetece-me encontrar soluções, estou a pensar num corpo que não caminha por isso não salta… tem mãos, segura numa caneta mas não consegue escrever… tem por isso uma centena de coisas que não é possível fazer…convencionalmente… pois surgiram ao longo do tempo formas de fazer tudo…ou quase tudo…gosto de pensar porque me conforta que surgiram óptimas substituições… mas…existem sempre coisas que não conseguimos fazer… até porque nem tudo é para todos…Bem… voltando ao desafio…para uma nova coreografia… tenho 24 alunos…alguns com paralisia cerebral em que as limitações físicas são muitas…e alguns dos quais com limitações cognitivas…Para começar eu acho que na dança todos temos direito ao mesmo, ou não fosse a dança uma manifestação artística sensitiva… uma linguagem…onde o corpo ganha potencial para comunicar… independentemente das características. A dança já foi diversas vezes e diversas formas questionada… já sabemos que a partida um corpo num espaço… é sempre uma dança… pensando que este corpo age… … performativamente…Eu tenho então 24 alunos…. …em estúdio… á partida, prontas para dançar…Inevitavelmente uma questão… o que é que eu vou ensinar?….Começo então por fazer exclusão de partes… uma aula de ballet clássico, jazz ou hip hop…penso estar fora de questão… a tentativa de passar qualquer que fosse a informação prática relativa a estas disciplinas, o que o grupo ganharia, não seria nada mais, nada menos do que a frustração devido a incapacidade de tornar real seja lá qual sequência for…Primeiro ponto - Pus de parte pensar nas limitações e pensar que a melhor alternativa é pensar nas potencias capacidades corpóreas…Segundo ponto – Aceitar o corpo… e aceitar a respectiva dinâmica…Estou a pensar novamente na dança, e estou a pensar nas bases que criamos para nos movimentar…voltamos a antiga questão, o que é que nos faz mover?Terceiro ponto - … acima de tudo pensar na nossa capacidade intelectual e solucionar os problemas artísticos…Eu vou resolver um problema com os meus novos interpretes… (ando a pensar nos registos que o corpo faz a partir de diferentes impulsos…) não estou então…de todo interessado em me apropriar dos diferentes corpos e mostra-los… não estou interessado em pegar no sentimento que cada um guarda relativo ao seu corpo … não estou interessado muito menos em apelar por ajuda… nem por igualdade… porque não é provocando a diferença que temos igualdade mas sim aceitando-a…Eu confesso que sou bailarino e não sei fazer duas piruetas…
Concluiu o curso da área da dança na escola profissional Balleteatro (2007) em 2008 especialização em intervenção artística em locais públicos e criação de obras em site specific, pela universidade lusófona.
Destaca formação e aconselhamento artístico com Jeremy Nelson, Carla Cruz, Né Barros, Isabel barros, Índio Queiroz, Elisabete Magalhães, Cony Hunstein, Alberto Magno, Cojiro Imada, Victor Hugo Pontes, Clara Andermatt, Peter Mickel Dietz, Loic Touzé, Ludjer Lamers, Joana Vasconcelos, Martha Lacerda… entre outros.
Nas suas obras (desde 2006) inseridas no âmbito da performance, arte pública e site specific , aproxima questões relativas a sociedade e ao espaço que as envolve. Reflecte conteúdos de géneros, distância e aproximação de pessoas/cultura, o ser humano na vida social e vontade de isolamento ou o isolamento por si só, o tempo, a comunicação contemporânea, o corpo como matéria …, são alguns temas que tem vindo a questionar, a pesquisar, interessando-lhe sobretudo a aproximação entre o artista e o púbico, destruindo sem impor esta distancia e/ou barreiras que os separa.
Professor desde 2007, aconselhando na área da improvisação, composição, dança contemporânea, dança criativa e técnicas de release.
O que diz o Flábio....
O meu nome é Flávio Rodrigues e tenho 25 anos. Tenho desenvolvido trabalhos artísticos na área da dança e performance, uso como veículo de comunicação a linguagem do meu corpo, por vezes de outros e arrisco também o corpo de algumas coisas…Recentemente aceitei um novo desafio… eu gosto de desafios …Um desafio para uma nova coreografia em que cujos interpretes são donos de um corpo, que por norma não estou habituado a trabalhar… quando digo trabalhar, refiro-me a tocar… questionar…refiro-me a ver dançar…refiro-me até, somente ver…Vou começar por dizer que gosto de pensar que somos todos iguais… e gosto de pensar que somos todos diferentes… gosto de pensar que por isso todos temos direito á vida por igual… a dança por igual…Está a chegar o primeiro dia de trabalhar e apetece-me encontrar soluções, estou a pensar num corpo que não caminha por isso não salta… tem mãos, segura numa caneta mas não consegue escrever… tem por isso uma centena de coisas que não é possível fazer…convencionalmente… pois surgiram ao longo do tempo formas de fazer tudo…ou quase tudo…gosto de pensar porque me conforta que surgiram óptimas substituições… mas…existem sempre coisas que não conseguimos fazer… até porque nem tudo é para todos…Bem… voltando ao desafio…para uma nova coreografia… tenho 24 alunos…alguns com paralisia cerebral em que as limitações físicas são muitas…e alguns dos quais com limitações cognitivas…Para começar eu acho que na dança todos temos direito ao mesmo, ou não fosse a dança uma manifestação artística sensitiva… uma linguagem…onde o corpo ganha potencial para comunicar… independentemente das características. A dança já foi diversas vezes e diversas formas questionada… já sabemos que a partida um corpo num espaço… é sempre uma dança… pensando que este corpo age… … performativamente…Eu tenho então 24 alunos…. …em estúdio… á partida, prontas para dançar…Inevitavelmente uma questão… o que é que eu vou ensinar?….Começo então por fazer exclusão de partes… uma aula de ballet clássico, jazz ou hip hop…penso estar fora de questão… a tentativa de passar qualquer que fosse a informação prática relativa a estas disciplinas, o que o grupo ganharia, não seria nada mais, nada menos do que a frustração devido a incapacidade de tornar real seja lá qual sequência for…Primeiro ponto - Pus de parte pensar nas limitações e pensar que a melhor alternativa é pensar nas potencias capacidades corpóreas…Segundo ponto – Aceitar o corpo… e aceitar a respectiva dinâmica…Estou a pensar novamente na dança, e estou a pensar nas bases que criamos para nos movimentar…voltamos a antiga questão, o que é que nos faz mover?Terceiro ponto - … acima de tudo pensar na nossa capacidade intelectual e solucionar os problemas artísticos…Eu vou resolver um problema com os meus novos interpretes… (ando a pensar nos registos que o corpo faz a partir de diferentes impulsos…) não estou então…de todo interessado em me apropriar dos diferentes corpos e mostra-los… não estou interessado em pegar no sentimento que cada um guarda relativo ao seu corpo … não estou interessado muito menos em apelar por ajuda… nem por igualdade… porque não é provocando a diferença que temos igualdade mas sim aceitando-a…Eu confesso que sou bailarino e não sei fazer duas piruetas…
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